Sempre se discutiu se a fotografia erótica é ou não é um tipo de fotografia vulgar, ou até mesmo, para alguns, considerada pornografia… E claramente não serei eu a defini-lo nem vai ser aqui que se vai chegar a uma conclusão.
Certo é, que a nudez surge intimamente ligada ao que é obsceno. Mas na verdade, basta um toque no comando da televisão para o ver em horário nobre, um simples clique no rato do computador ou o mero folhear de uma revista para que sejamos inundados por uma infinidade de estímulos carregados, directa ou indirectamente, de referências sexuais.
O erotismo é encarado como a procura do prazer pelo belo. Desprendido dos limites da sexualidade centrada nos órgãos genitais, confere-lhe uma noção mais subjectiva tendendo a estimular a curiosidade e o interesse ao mostrar apenas parte, deixando o resto a cargo da imaginação.
Contudo, o tempo mostrou-nos que a barreira entre o erotismo e a pornografia é dinâmica. É frequente que constatemos que o que hoje é consensualmente visto como erótico, já foi catalogado como pornográfico num passado, às vezes (bem) recente.
Como evoluirão os valores sociais que suportam estes conceitos?
Muitas vezes, a diferença entre pornográfico e erótico está nos olhos de quem vê. (Um cigarro de enrolar nem sempre é uma ganza.)
Esta fotografia pode ser encontrada na minha galeria de Nu e Sensualidade.